O Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partidão, completa 100 anos de existência em 25 de março de 2022. Em Santa Catarina, os comunistas marcam presença desde a década de 1920 e se organizam como partido em 1939 em Florianópolis; em 1945/1946, em Criciúma; em Blumenau, nos anos 1960; entre outros. E a tríade trabalho/comunismo/anticomunismo é o pano de fundo deste livro sobre a história do PCB catarinense.
“Vir a ser comunista” no estado, significou confronto e enfrentamento com forças hostis de capitalistas, principalmente de nazifascistas e integralistas, sobretudo em territórios de colonização alemã e italiana, como o Vale do Rio Itajaí, em especial Blumenau. Mesmo assim, os comunistas estruturam o partido com expressiva presença de operários na bacia carbonífera, em Criciúma e arredores, na indústria têxtil, em Blumenau, e nos portos de Itajaí e Florianópolis, com estivadores e outros trabalhadores. Também foram organizadas células por bairro, como a Luiz Carlos Prestes, no Morro do Céu, na Ilha de Santa Catarina, e a Euclides da Cunha, em Coqueiros. Sua base sindical tem tanto prestígio, que Criciúma torna-se a “Cidade Vermelha”.
O golpe civil-militar de 1964 atinge violentamente o PCB, que entra numa rigorosa clandestinidade. Prisões, torturas e mortes eliminaram comunistas, mas não o comunismo. Seu precioso legado permanece e ressurge em 1985 com a reconquista das liberdades democráticas, e o PCB entra para a legalidade.
O PCB de 2022 é diferente do PCB de 1922, mas mantém seus fundamentos de partido organizado sob o princípio do centralismo democrático e tendo a revolução socialista/comunista como horizonte, com inserção na juventude, no movimento sindical e no movimento popular. É assim que o PCB chega ao seu centenário. Viva o PCB!
- Autores: ORGANIZAÇÃO: AUED, BERNARDETE WRUBLESVSKI | ORGANIZAÇÃO: CICHACZEWSKI, JOÃO CARLOS
- Editora: EDITORA INSULAR
- ISBN: 9788552402411
- Páginas: 344