Há quem diga que a questão levantada por este livro é irrelevante, uma perda de tempo. Para essas pessoas, Antropoceno é um conceito científico, fundamentado pela geologia, enquanto Capitaloceno seria apenas uma polemização barata do debate. Organizados pelo geógrafo e historiador britânico Jason W. Moore, os ensaios deste volume demonstram, com profusão de argumentos, que não é bem assim - e que, mais que a nomenclatura, importa os marcos que a definem. Devido à ideia genérica de Anthropos em que se baseia e ao período histórico que determina como início da Era do Homem, o conceito estabelecido por Paul Crutzen, hoje amplamente aceito, está imerso em uma visão de mundo funcional ao sistema. Nestas páginas, podemos encontrar caminhos promissores para entender por quê - e para começar a superá-lo.
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