Este brilhante e já indispensável livro de Eduardo Costa amplia de maneira especial a senda interpretativa aberta pelos estudos multidisciplinares sobre as práticas patrimoniais que marcam as últimas três décadas de nosso país. Apresentado originalmente como tese de doutoramento em História na Unicamp, sob orientação de Iara Lis Schiavinatto, este trabalho toma o arquivo fotográfico do IPHAN e o vasto conjunto de imagens geradas pelos fotógrafos que atuaram no – e para o – órgão como um monumento em si, que desafia o historiador.
Na esteira da politização dos arquivos sinalizada por Foucault, Costa nos faz percorrer o processo de produção das milhares de fotografias acumuladas no arquivo central do Rio de Janeiro e nas superintendências estaduais – mais detidamente a de São Paulo – como parte essencial da própria definição do que “é” o patrimônio escolhido.
As muitas interpretações inovadoras deste livro constituem, assim, um marco historiográfico sobre as relações entre fotografia e preservação cultural no Brasil. São também um frutífero desdobramento da contribuição analítica sobre as práticas patrimoniais estabelecidas na própria instituição em que o mesmo foi construído, o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas.
Sobre o autor: Eduardo Augusto Costa é pós-doutor em História pela UNICAMP e graduado em arquitetura e urbanismo. Especialista na área de História da Arquitetura e do Urbanismo, com ênfase em Patrimônio, Memória e Cultura Visual. Foi vencedor do XI Prêmio Marc Ferrez de Fotografia.
- Autores: AUTOR: COSTA, EDUARDO
- Editora: ALAMEDA
- ISBN: 9788579395284
- Páginas: 356