De um lado, reflexão e ironia, exortação e elegia; de outro, corte e elipse, efeito de choque permanente entre imagens que misturam os registros do real no limite da irrealidade. Nos poemas de Cinematografia, de Paulo Lopes Lourenço, a suntuosidade lírica da poesia portuguesa – e da tradição lusitana do poema em prosa – se associa a uma percepção propriamente “cinematográfica” da sensibilidade contemporânea, compondo uma narrativa poética ímpar, calcada no lampejo e no raciocínio que extrai sentido, não raro paradoxal, da materialidade da experiência. [Manuel da Costa Pinto]
Ilustrações: Fernando Lemos
- Autores: AUTOR: LOURENÇO, PAULO LOPES | PREFÁCIO POR: PINTO, MANUEL DA COSTA
- Editora: ATELIÊ EDITORIAL
- ISBN: 9788574808086
- Páginas: 128