Bem vindos, caros leitores, às paginas do cinema revelado pelas lentes do olhar humanista centrado na pessoa. Terceiro da série, esse trabalho vem se configurando como registro continuado de resistência da sensibilidade humana frente à racionalidade intelectualizada, tão vigente em tempos hodiernos. A consolidação que essa coleção vem alcançando parece justificar-se, entre outros motivos, pelo fato de cada capítulo ter sido escrito por quem tem um compromisso tatuado na alma: “Tornar-se Pessoa”. Ao longo desse atual Humanismo em Cena os autores apontam diversos conceitos rogerianos associados aos personagens, relações e histórias apresentados nos filmes. Ao “dar um zoom” na relação cinema/humanismo algumas analogias parecem pertinentes. A maneira como as retinas humanistas e as lentes cinematográficas percebem a vida e o mundo podem se assemelhar. E, ao mesmo tempo, ambas se diferenciam das lentes fotogáficas. As lentes da fotografia capturam a beleza da vida e muitas vezes até mesmo os sentimentos das pessoas. Porém, logo em seguida, enquadram a cena e torna estático o que estava em movimento. Diferentemente, as lentes humanistas e cinematográficas captam a vida em movimento. Buscam enfatizar a face fenomenológica do mundo. Não são lentes que só registram. Vão além. Inventam ficções, recriam realidades, encorajam o autoconhecimento e novos destinos, percorrem todas as épocas e ainda desvela o lado de dentro do ser humano. Bruno Cury merecia um capítulo à parte. Da psicologia, amante. Como professor, contagiante. Como gestor, eficiente. Dos amigos, irmão. Como filho, presente. Como pessoa, Mestre da alegria de viver buscando o título de ser Doutor de si mesmo.
- Autores: AUTOR: CURY, BRUNO DE MORAIS
- Editora: CRV
- ISBN: 9788544425671
- Páginas: 212