Foi na tensão entre o literário e o político, entre a experimentação da linguagem e a experiência do cotidiano, da vida comum, que se inscreveu, desde as primeiras publicações, a hoje extensa obra poética e ensaística de Christian Prigent. Visando a “intervir no debate intelectual de [seu] tempo”, ele sempre associou a exigência de “encontrar uma língua” (Arthur Rimbaud) à de “falar contra as palavras” (Francis Ponge), recusando, assim, a poesia que o rodeia – “a poesia é inadmissível” (Denis Roche) –, para sublinhar três de suas referências poéticas mais recorrentes, talvez as mais fundamentais. Exigência ou recusa que, bem entendido, só se pode realizar para cada um por meio de sua própria língua e das línguas que a constituem e a atravessam. Em busca de uma língua, contra a língua, mas com a língua, eis uma fórmula que talvez sintetize com precisão o que seja o trabalho poético de – e para – Christian Prigent.
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