SERROTE 39

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A 39ª edição da serrote, revista de ensaios do Instituto Moreira Salles, traz textos sobre temas atuais, como o negacionismo científico, o genocídio indígena e os efeitos do racismo na representação das mulheres negras. Em “Vacina: história, ciência e negacionismo”, Sidney Chalhoub (1957) analisa como a resistência à imunização marca a história das epidemias, da varíola à covid-19. Segundo o pesquisador, “é comum que haja um percurso, às vezes longo e tortuoso, cheio de idas e vindas, entre determinada descoberta científica e a aplicação dela para beneficiar a população”. Sem a pressão dos movimentos sociais, da imprensa e dos políticos, “seria difícil imaginar que o benefício de certos avanços científicos se espraiasse além de setores sociais privilegiados para causar a grande transformação quanto à expectativa de vida que impacta agora a humanidade inteira”. Esta edição publica também os textos dos três vencedores da 4ª edição do Concurso de Ensaísmo serrote. Primeiro colocado, o poeta Rodrigo Lobo Damasceno (1985), nascido em Feira de Santana (BA), assina o ensaio “Boi morto, boi morto, boi morto”. O autor parte das esculturas em couro, metal e madeira do artista Juraci Dórea, expostas no sertão baiano, para analisar as contradições da modernização brasileira. Atualmente a obra de Juraci pode ser vista na 34ª Bienal de São Paulo, em cartaz no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. O artista Vinícius da Silva (2000), de Nova Iguaçu (RJ), ficou em segundo lugar com o texto “Barricadas para o fim do mundo”, no qual recorre a autoras como bell hooks e Jota Mombaça para refletir sobre estratégias para futuros possíveis. “Propor um fim para este mundo pode passar, também, por um esforço de cortar o mundo com delicadeza, como nos ensinam as travestis que carregam navalhas em suas bocas”, escreve o pesquisador. O paulistano Gabriel Campos (1984) foi o terceiro colocado com o ensaio “Saudades de João Antônio”. No texto, reflete sobre o legado do escritor paulistano, conhecido por suas representações dos operários e da vida boêmia da cidade, e o aproxima da literatura produzida hoje por autores das periferias. Outro destaque é o ensaio da antropóloga Aparecida Vilaça (1958), no qual ela retoma a trajetória de Karapiru, indígena do povo Awá-Guajá. Em 1978, Karapiru perdeu sua família, fuzilada em um massacre no Maranhão. Após a tragédia, perambulou por dez anos, completamente sozinho, até ser encontrado na Bahia. Reconduzido ao território de sua etnia, viveu entre eles por mais 30 anos até falecer de covid-19, neste ano. Sua trajetória reflete a história dos povos originários no Brasil, marcada pela constante violência. A revista traz ainda o texto “Buraco negro”, da escritora Namwali Serpell (1980). A autora, que nasceu na Zâmbia e atualmente vive nos EUA, reflete sobre as representações das vaginas das mulheres negras, dos tratados racistas do século XIX ao TikTok. “A boceta preta é o nosso centro ausente. Está em toda parte e em lugar nenhum [...] Em vez de maldizê-la e renegá-la, nós deveríamos estar nos perguntando: como mantê-la livre?” O racismo é abordado também no ensaio de Acauam Oliveira (1981), professor da Universidade de Pernambuco. O pesquisador apresenta um contraponto à visão recorrente de que os negros norte-americanos se revoltariam mais do que os brasileiros. “Ao submeter o problema da violência racial a uma equação na qual está indicada a aparente passividade dos negros brasileiros diante do próprio horror, naturalmente se desloca (quando não se absolve por completo) a passividade afinada com o poder daqueles que se beneficiam com a barbárie, permitindo que assumam uma mal disfarçada posição de superioridade moral, como se no fundo desejassem aquilo que interromperia seu circuito de vantagens sociais – isto é, o fim do racismo.” A serrote #39 publica uma análise do antropólogo Rodrigo Toniol (1988) sobre o processo de apropriação de signos do judaísmo pela extrema direita brasileira. Para entender o fenômeno, segundo o pesquisador, é preciso destrinchá-lo a partir de quatro elementos: raça, salvação, nação e política. Unindo esses fatores, o autor aponta como o judaísmo se tornou “um elemento-chave de mediação estética do novo conservadorismo” no Brasil. Em “A brasilianização do mundo”, o pesquisador Alex Hochuli (1985) defende que, em um futuro próximo, outros países reproduzirão a realidade nacional, marcada pela desigualdade social e precariedade do trabalho. “O Brasil encontra-se empacado – preso em uma flutuação perene entre a esperança e a frustração. E agora ser moderno, mas não moderno o bastante, parece ser o destino de uma parcela grande do mundo: WhatsApp e favelas, e-commerce e esgoto a céu aberto.” Este número traz também o texto “O lugar das musas”, no qual o arquiteto Guilherme Wisnik (1972) reflete sobre a produção de três ícones da música nacional: Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque. Wisnik identifica como a figura mitológica da

 

  • Autores:  EDITOR: PIRES, PAULO ROBERTO
  • Editora:  IMS
  • ISBN:  9000001717700
  • Páginas:  224

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