"Transgressão também nos palcos
Entre 1967 e 1969, já dedicando-se inteiramente à literatura, a até então poeta Hilda Hilst (1930-2004) escreve, de um fôlego só, oito peças de teatro. Estamos em pleno período do endurecimento da ditadura militar, com a perda das garantias individuais diante de um Estado autoritário. Toda sua obra dramatúrgico ecoará essa época.
Em “A morte do patriarca” (1969), temos uma alegoria filosófica: o Demônio é personagem, e a humanidade se encontra num estado de total desesperança. Já em “O verdugo”, do mesmo ano, o carrasco de uma aldeia hesita em executar o Homem, que professa discursos revolucionários e é amado pelo povo. Aqui, como em outras obras, a autora se debruça sobre a solidariedade como princípio humanizador incondicional.
Cinco décadas depois de escrito, o teatro de Hilda Hilst mostra-se totalmente atual – e mais necessário do que nunca.
?“A autora é uma espécie de unicórnio dentro da dramaturgia brasileira.” - Anatol Rosenfeld"
- Autores: AUTOR: HILST, HILDA | DESIGN DA CAPA OU OBRA DE ARTE POR: PINHEIRO MACHADO, IVAN | EXECUTADO POR: DOS SANTOS ZAGO, CARLOS EDUARDO | OUTROS: ARAÚJO, ENSAIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE LEUSA
- Editora: L&PM
- ISBN: 9788525437624
- Páginas: 176