VISÕES

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Talvez o poeta mais original da literatura inglesa, William Blake foi uma espécie de símbolo das manifestações socioculturais dos anos 1960 e 1970. Ao lado da psicologia de Carl Jung e Sigmund Freud, da filosofia e da religião orientais, das experiências da geração  beat  e do  flower-power , via-se em sua poesia a expressão de uma nova era de Aquário, a rejeição de uma ordem mundial fundada no materialismo em detrimento da espiritualidade. Passado meio século, aquelas manifestações são história, ou adquiriram outras formas, mas a ordem mundial permanece, de ponta-cabeça, mais materialista e mais bruta. E a poesia de Blake continua instigante expressão dos valores humanos, ainda mais relevante. Visões  assinala essa relevância: reúne onze livros que Blake publicou de 1789 a 1795, com os quais procura evidenciar a coerência do essencial da obra e afastar a distorcida percepção de insanidade do autor. Os poemas testemunham a formação e o amadurecimento de sua visão de mundo, num fértil período de quase sete anos, quando na casa dos trinta: aqui o leitor encontra dos poemas líricos das  Canções de Inocência e Experiência  até o que se convencionou chamar de “profecias menores”. O Livro de Thel  é o primeiro livro profético menor iluminado, seguido de  Canções de Inocência , ambos de 1789. Entre 1790 e 1793, Blake escreveu, gravou e imprimiu  O Matrimônio do Céu e do Inferno  e  Canções de Experiência  (posteriormente, combinou as duas  Canções  num único volume, com o subtítulo “Mostrando os Dois Estados Contrários da Alma”).  Visões das Filhas de Álbion , de 1793, é em geral considerado um “estado contrário” de  Thel,  em que a inocência convive com o desejo sexual. No mesmo ano, Blake publicou  América, uma Profecia , tido como seu poema político mais importante. A partir de 1794, Blake embarcou na sequência dos poemas-profecias menores, que o prepararam para os maiores ( Milton  e  Jerusalem , escritos e gravados quase ao mesmo tempo entre 1804 e 1820). O primeiro deles é  Europa, uma Profecia , uma narrativa política, seguido de  O Livro de Urizen .  A Canção de Los ,  O Livro de Ahania  e  O Livro de Los , todos de 1795, compõem a “Bíblia do Inferno” prometida em  O Matrimônio do Céu e do Inferno : “Possuo também A Bíblia do Inferno, que o mundo há de possuir, quer queira, quer não”. Na “Bíblia do Inferno” estão os personagens mitológicos Urizen e Los, cruciais para a mensagem de Blake: Los representa o Poeta e a Imaginação humana; Urizen, a encarnação da razão, o criador de leis tirânicas; ambos em constante conflito. O escritor Anthony Burgess disse com clareza: “A razão, na verdade, é perigosa, assim como é a ciência; se todos nós vivermos num estado de liberdade individual plena, despreocupados com as leis, confiando no poder da percepção e, num nível inferior, no instinto, alcançaremos o céu na terra, que Blake chama de Jerusalém no prefácio de  Milton ”. Na terminologia blakeana, alcança-se a plenitude espiritual através da imaginação. “Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo se mostraria ao homem tal como é: infinito.” Pouco lido e ignorado por seus contemporâneos, Blake foi “descoberto” vinte anos após sua morte, em 1827, quando impressões tipográficas dos poemas começaram a aparecer. Mas jamais foi popular, sempre foi controverso, mesmo entre outros poetas. Thomas Stearns Eliot, por exemplo, reconheceu nele uma “honestidade contra a qual o mundo inteiro conspira, porque é desagradável. A poesia de Blake tem o desagrado da grande poesia”. Quase um elogio, porque, para Eliot, essa honestidade era limitada por sua falta de educação literária, o que o tornava um “ingênuo”. Blake, concluiu Eliot, tinha “uma notável e original sensibilidade para a língua e a musicalidade da língua, e o dom da visão alucinada. Se estes tivessem sido controlados por um respeito pela razão impessoal, teria sido melhor para ele”. Faltava a seu gênio “uma estrutura de ideias tradicionais e reconhecidas que lhe teriam impedido de entregar-se a uma filosofia própria, e assim concentrasse a atenção nos problemas do poeta. [...] A concentração resultante dessa estrutura de mitologia, teologia e filosofia é uma das razões pelas quais Dante é um clássico, e Blake apenas um poeta de gênio”. Eliot falava em defesa das tradições latinas, a seu ver fundamentais para a cultura do Ocidente, ciente de que eram exatamente o que Blake rechaçava — e no entanto, dogmático, deu o veredito. Blake decerto não lhe teria dado ouvidos. “A verdade jamais será dita de modo compreensível sem que nela se creia. Suficiente! ou Demasiado.”

 

  • Autores:  AUTOR: BLAKE, WILLIAM | TRADUZIDO POR: ANTONIO ARANTES, JOSÉ
  • Editora:  ILUMINURAS
  • ISBN:  9786555190588
  • Páginas:  428

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